Venho com sorte redescobrindo o Brasil.
Descobrindo Villa-Lobos, brasileiro Lobos, europeu compositor Villa, Carioca Lobos...
"O folclore? eu sou o folclore!"
Afiram com disposição, uma vez que o trato de se abrasilizar ao maximo lhe veio não por ocaso ou por tendencia, mas por instinto, por lucidez. E teve do Brasil dos idos das suas primeiras décadas dos 900 muito, e muito a pé e com fé.
Se hoje me furto em fazê-lo de ônibus, carro, avião ou que quer que seja, e nem com todas as paginas da internet chego perto... magina lá, magina o que...
Villa transcendeu o brasileiro.
Villa alcançou o Brasil.
Pedaço de terra, pedaço de Terra.
Ele ouviu o chão, ouviu a água, o pássaro, o "leão", ele ouviu o peixe e a comida, o camponês e seu cigarro, a mato crescendo do chão e o sol, sim... o Sol que malha a Terra e seus convives no tocar de todos os sons.
Ter com Villa, só hoje faz sentido. Poderia escrever linhas e linhas de saberes que desbravo a cada dia na sua vida, a cada dia no seu fazer, a cada som que nos largou por ai... e espero que eu tenha tenacidade para fazê-lo quanto antes, mas por ter sido perdido entre sons, notas, escritos, pautas, cerimonias, historias contadas por outros e por ele mesmo, audições, leituras mentais, re-arranjos, tocadinhas na viola, no piano, no violão, no acordeom, no apito, na sanfona, no teclado, na palma da mão, no estilingue... por ter sido tamanhamente discplicente em gozar o tempo todo do aprender com Villa...
Villa-Lobos era gente de ir
Assim espero ter entendido direito as coisas...
E registro meu desenfreado desconfiar de todos os dias. 21/08/2015.
Bom, deixo o relato de Ferreira...
"...Não escrevi essa letra pensando que ela um dia seria gravada; escrevia-a porque aquela reversão da lembrança foi um fator a mais de emoção, um choque mágico, que se incorporava ao poema. Por isso, pus ali uma indicação meio irônica: "Para ser cantada com a "Bachiana nº 2", "Tocata'". Mas surgiu alguém que levou a sério a indicação." (2009, Folha de SP)