domingo, 27 de setembro de 2009

Arte Culinária - Omelete, o grande desafio


Dado o breve momento de instabilidade financeira, tive que adaptar meu cardápio a um mais sofisticado.

Digo "sofisticado, porque pra fazer um filé-mignon ou um salmão ótimo não é necessária nenhuma técnica, mas pra fazer uma feijoada, buchada, rabada, fígado, ai sim, tem que entender da arte. Neste caso meu desafio foi reduzir o custo da refeição sem reduzir sua qualidade. Até agora tenho conseguido, e se depender de mim o velho salmão vai ficar no mar mesmo porque na mesa não ajuda em nada. O único desafio esta sendo ficar sem salada (extremamente caro)... mas tudo exige um sacrifício.
Ontem foi o dia da moela (divina), e hoje resolvi produzir uma omelete. Recorrendo as fontes, encontrei uma metéria relevante na revista gournet, 2008, que posto a seguir:


"Nunca entendi aquela expressão: “não sabe nem fritar um ovo”. Digo com propriedade: até cozinhar ovo requer cuidados dignos de expert de cozinha. Há macetes para a casca não quebrar, a gema ficar molinha, descascar sem machucar a clara. Omelete então é o intangível, o nirvana. Até agora não encontrei fórmula, receita para uma omelete perfeita. Como dissse, não até agora!

1. Quebre três ovos fresquíssimos – que estejam em temperatura ambiente – numa tigela e bata com carinho com um pouco de sal e pimenta até que estejam perfeitamente misturados. Cuidado, não deixe espumar. Acrescente uma colher de chá de manteiga cortada em quadradinhos. Certifique-se que eles se distribuíram uniformemente. Se a manteiga não for da Bretanha, ao menos que ela esteja gelada, ok?

2. Pegue aquela frigideira preta de ferro que foi bem curada em seus 20 anos de uso exclusivo para omeletes. Aqueça uma colher de sopa de manteiga clarificada em fogo médio-alto. Deixe a panela aquecer o suficiente para fazer os ovos cozinharem logo que despejados – mas não quente demais a ponto de fazê-los borbulhar violentamente, fritando-os.

3. Use as costa de dois garfos para mexer os ovos em pequenos movimentos circulares. Primeiramente a 120rpm, por toda a frigideira. Assim que os ovos se transformarem num líquido espesso com pequenos floquinhos, agite a frigideira e aumente a velocidade dos movimentos circulares para 140rpm. Quando o ovo se converter em flocos úmidos, agite a frigideira vigorosamente e aumente a velocidade dos movimentos para 160rpm.

4. Assim que todo o ovo estiver cozido, mas ainda macio e úmido, pare de mexer. Deixe no fogo e conte até sete para criar o filme que fechará a omelete. Retire do fogo e dê umas boas batidas no cabo para soltar a omelete do fundo da panela. Agora segure o cabo da panela com a sua palma da mão virada para cima, o cabo perpendicular ao seu pulso.

5. Transfira a omelete para um prato aquecido: vire a panela num movimento que faça a palma da mão ficar para baixo. Não tenha medo. Concentre-se, convença-se e faça! Se a omelete não sair, é que não era pra sair mesmo…

6. Agora examine o resultado: o formato, a cor, a maciez, a espessura da crostinha externa. Culpe-se por tudo que não esteja perfeito. Insista que todas as imperfeições são falha sua. E comece tudo de novo."



Evidente que minha omelete não ficou perfeita, mas que foi a melhor que já comi na vida - isso sim! Culinária é uma arte, tão importante quanto pintar ou tocar, portanto vamos degusta-la com prazer!

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