E EU
Que nem sou figura popular,
Nem podre,
Nem político,
Nem rei
Nem Bar.
Nem mofo de pegar em janela ou em batente de porta
Sinto uma pendência natural de almas
Que é de se ser só o ser
Que é de faltar na sociedade
Que é ser deixudo, largadão, tipo peixe de fundo
Escapado na poeira,
Nunca-visto no barro de mangue
Pouco sondado de esconde esconde
Microscopado só no lampião!
Camelo fugido de tempestade de areia.
Sinto sim,
que na rua já sou "ôooooo"
Aceno de braço,
Qualquer coisa de "ei, ei, me diz pelamordedeus um ..."
Tanta cousa que me desgusta .
que não sou nada
que sou vento
limbo passa de longe nimportância de mim
sou só um resto
e como qualquer resto,
desejo ser largado para ser.
para poder ser eu
discomplico pra gente entender:
Se você pensa que qualquer coisa, você está errado(a).
Se você pensa nada, você não esta.
Se você não pensa, você não é.
Se você é e o mato é, e passarinho é, e noutros mundos são, e lagartixa é: você é.
Só quem é passa como alma. Todo o resto passa como sei-lá... porque o que é não entende o que sei-lá.
Assim, conceito pra tudo, pré só na escola, pra lição de professora chata.
Que em minha cidade já me sinto pesado...
feito bolha de sabão sobre uma nuvem.
Preso por ter é, aquilo, eu, sei-lá, demais, portanto e mefistófeles no tacho de alma jogada no bosque.
Dedico este.
29/03/2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
sábado, 17 de março de 2012
Revisão de Conceitos 3: Edu Lobo
Edu Lobo logo num primeiro contato, surpreendeu-me. Bastou saber mais sobre ele e sua obra pra ver que eu realmente não me daria com tal sujeito. Claramente há algumas de suas músicas que são marcos memoráveis da MPB, tal como "Ponteio", e esta que posto hoje: "Viola fora de moda", gravada originalmente em 1973, da sua parceria com Capinam. Hoje posso dizer que não detesto mais o Edu Lobo - tampouco importa-me - mas decerto não o desdenho mais como fiz no passado.
Nesta versão estupenda do mago celestial Geraldo Azevedo, com a gravura do compadre Milton Autóctone de fundo, saliente-se a melodia que o pífano dobra com a viola, de um sertanês imaculado e falangeiro, fruto ermo de nossa Pindorama amada.
Música: "Viola Fora de Moda"
Compositores: Edu Lobo e Capinam (1973)
Interprete: Geraldo Azevedo (1996)
Produção: Almir Chediak
Gravura: Milton Autóctone
Compositores: Edu Lobo e Capinam (1973)
Interprete: Geraldo Azevedo (1996)
Produção: Almir Chediak
Gravura: Milton Autóctone
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quarta-feira, 14 de março de 2012
Revisão de Conceitos: 2 - Paulo Vanzolini
Bando de Macambira - Capoeira do Arnaldo (Paulo Vanzolini)
Sempre achei que o Paulo Vanzolini fosse um idiota. Tal conceito criei após ver depoimentos diversos dele sobre a bossa nova e o povo da bossa nova. Ele criou ou ajudou a disseminar informações mui mal interpretadas ou descabidas, e sem dar braço a torcer, fazendo-se, puxava osso pra seu lado.
Mas...o homem agora (2012) ta com seus 88 anos...e é hora de deixar pra lá o que passou. Afinal, a música dele é no mínimo "boa", especialmente com os grandes interpretes que teve.
Deixo cá "Capoeira do Arnaldo", um mix de frutas do nordeste à lá choro paulista na versão do estupendo e magnífico Bando de Macambirá.
terça-feira, 13 de março de 2012
Revisão de Conceitos: 1 - Camargo Guarnieri
Concerto para violino n.2 - 1 mov.
Ignorar a virtude é algo inútil... mesmo que ideologicamente ela seja vã. O tema colhido no mato me agrada...
Luíz Fïlíp - violin
Lutero Rodrigues - conductor
Orquestra Municipal de São Paulo
Theatro Municipal de São Paulo 2008
domingo, 11 de março de 2012
Heitor Villa-Lobos - Fala
Em 1951, João Pessoa, o maestro fala.
Parte 1
Parte 2
"[...]O folclore é o traço de união em que se utiliza o Criador para, tirando do povo essa música, essa arte espontânea, ele burila no seu coração e na sua alma e traz outra vez para o povo. Mas esse povo geralmente é injusto, não procura compreender o esforço do Criador [...]"
"[...] Porque a melhor colaboração que se pode fazer com a arte é o silêncio [...]"
Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959)
quinta-feira, 8 de março de 2012
Intermezzo I
O florescer das cerejeiras não estava na época.
E o poeta sorriu mesmo assim!
Discreto, em curtos tragos deixou vazar seus sonhos
Como um prelúdio, trocou rimas por ilusão.
E o poeta sorriu mesmo assim!
Discreto, em curtos tragos deixou vazar seus sonhos
Como um prelúdio, trocou rimas por ilusão.
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