O som é tal qual o ovo. O pretenso musicista servirá-se dele até que finde seu nutriente, tal qual o embrião de seu casulo. Tal como o pássaro moleque do seu ninho ou o enxadrista novice de seu tabuleiro.
Até que seja liberdade!
O novo avícula desate-se do calcífero entorno;
O pássaro arrisque seu voo;
O enxadrista deixe de lado o tabuleiro;
O músico liberte-se do ouvir fisicamente...
O conhecimento reside em sí,
a diversão está na mente do louco, não ao seu redor!
sábado, 14 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Invest in Beauty
"O que nós precisamos acima de tudo é investir em beleza."
Dias especiais vem, vão e segue-se. A grande limitação da palavra incapaz de resumir um dia seuqer de vida... quantas coisas... pensei em colocar no facebook, mas haveriam incompreenções, então resgato a finalidade do luzdeinverno.
Mas a ola da vez, que permeou minha mente hoje...Hanz Zimmer e Lisa Gerrard, falando em linguas...
"La la da pa da le na da na
Ve va da pa da le na da dumda"
O que me trouxe o novo Cockpit
E assim mais um dia na terra do Sol!
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Guilherme
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quinta-feira, 14 de novembro de 2013
O Diabo Veste Prada & Darin e Mujica
Hoje acordei por volta das 3:00 da manhã e a TV estava ligada na FOX. "The Devil Wears Prada", de 2006, direção de David Frankel, foi um filme que eu já havia assistido em outra ocasião, quando meus olhos ainda não estavam plenamente abertos para o cinema. Curiosamente ele me chamou muito a atenção, pois é excelente!
No mesmo dia estava a ver uma entrevista feita com o Argentino Ricardo Darin, onde ele explica porque recusou-se a ir a Holliwood filmar com o Tarantino.
É curioso que o filme nos diz a mesma coisa, nos dá a mesma lição, mostra com clareza translúcida o quanto devemos ter de luxo e o quanto devemos ter de vida, sobretudo no final, quando a protagonista finalmente "aprende". A terminação de Darin frente as questões de Alejandro Fantino (entrevistador) não deixam dúvida sobre o quão difícil é para o gado compreender os atos singelos, uma vez que esta acostumado a ração dada todos os dias, e não a pensar.
Em consonância ainda cito Mujica, exemplar Mor daquilo que é "o caminho" a seguir. A riqueza não é necessária, e não deve ser confundida com a subsistência confortável. O que sobrar é filantropia. E é por estes e tantos e tantos e tantos estudos que percebi em algum momento a máxima elementar.
Como no dia que tive que ouvir de colegas que era a hora de eu trocar de carro... e sorri pensando na mediocridade destes pobres que se importam com tão pouco... então preferi comprar instrumentos musicais para os que precisam e ensiná-los a tocar, tutora-los na arte de viver, viver para seu simples motivo: Ser.
Meus alunos de música - 2013
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Guilherme
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quarta-feira, 16 de outubro de 2013
The Game
Ainda não faço ideia de quem começou com esta ideia.
The Game é um filme satisfatório, dirigido por David Fincher cuja estreia deu-se em 1997. O filme traz elementos simbólicos, dotados de uma semiose peculiar, onde nos questionamos sobre a realidade e a irrealidade, porém com um toque de sarcasmo, um toque como o que se dá ao falar de teorias da conspiração.
Fato é que filmar complexamente uma ideia assim é algo no mínimo digno de atenção. Logo de início percebemos a ligação absoluta desta película com o belíssimo Vanilla Sky de Cameron Crowe.
Personagem (Tommy Flanagan) aparece no fim de The Game dialogando com a empresa CRS
Personagem (Tom Cruise) protagonista de Vanilla Sky na realidade da empresa LE
Posso afirmar sem sombras ou dúvidas que a temática de The Game retorna em 1999, no Fight Club (do mesmo Fincher), em 2001 com Vanilla Sky, e em 2010 em Inception (de Christopher Nolan). Além disso há outras tentativas, não tão diretas ou não tão bem feitas,como é o caso dos Efeitos Borboletas (2004...) cuja complexidade não há na pelicula, mas sim uma tendência facilitada para grande massa; no Terceiro Olho (dirigido por Roland Suso) também de 2004 onde o foco distorce o argumento para tentar distorcer a mente do interlocutor, e mesmo no Strange Days (Kathryn Bigelow) de 1995 , The Element of Crime (Lars Von Trier) de 1984, Eyes Wild Shut (Stanley Kubrick) de 1999 e - porque não? - no magistral A Liberdade é Azul (Krzystof Kieslowski) de 1993.
Não sei de quem é essa ideia, mas foi explorada em diversos roteiros e me gusta...é um beiral entre o real e o surreal, ou seja, nem um nem outro, exatamente como é a vida.
P.S. Achei algumas criticas querendo incluir o Show de Truman nessa lista, mas é obvio que não cabe.
P.S. Achei algumas criticas querendo incluir o Show de Truman nessa lista, mas é obvio que não cabe.
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Guilherme
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sábado, 24 de agosto de 2013
Le Petit Prince
Há coisas e há negócios... vários tipos por sinal! Isso se não for simplesmente "aquilo ali", ou "aquele lá". Quem afinal precisa de um dicionário todo para se expressar? A expressão justifica a palavra, diriam os doutos ou os acadêmicos...afinal para eles a expressão só pode vir depois da palavra que a representa... mas não para os pequenos.
Gente pequena (pequena de anos, pequena de tempo, pequena de academicismos e parlapatonismos) sabe explicar coisa sem precisar de vocabulário. Gente grande nem com todas as linguás do planeta explica diretamente o que negócio. "A palavra nos limita a expressão" digo sempre agora a pouco.
Quem afinal não percebe que os pequenos, dada sua miudes de anos cumulados no dorso, estão mais próximos da terra que os grandes? a gráfico da vida é assim, um arco, nas duas pontas se toca a terra, e no meio exato se distancia ao máximo dela, quando sabemos menos sobre tudo. Só que este meio exato acontece para cada um no seu cíclico coisar da vida, ou seja, posso alcançar meio desconhecer ao passo de um conhecer ao mesmo tempo. Posso saber e não saber (que bobo este acadêmico que falou que isso não era possível!)
Por exemplo: o primeiro amor é assunto que só tem vida no corpo dos pequenos. Que haveria o grande de falar sobre ele, visto que já está tão distante assim? Já a pequena, ao amar de início, recebe o desafio de tentar descoisar o amor (o que não consegue durante a vida toda, e já como os poetas elucidam, divaga em tentar fazê-lo inutilmente). Mas ai um douto qualquer pode indagar: e o ancião? Ho ho ho sim, e o ancião!
A beleza da vida só pode ser vista por crianças.
Cada dia aprendo quando vejo a sinceridade. A cada minuto sorve-me a alma de puro saber aqueles pequeninos que desmantelam o mundo sem significá-lo. Isso é a pura arte! Isso é arte! Só isso é arte!
De certo modo sinto-me previlegiado, como um operário que sobe no arranha-céu para limpar os vidros, vejo o mundo de duas formas: o lado de dentro por traz do vidro sujo, onde ficam as pessoas grandes, os doutos e os homens de posse; e o lado de fora, onde somente há luz e vento, e após um longo abismo poderiamos chegar na verdadeira terra do chão.
Os pequenos estreitam minha relação com o chão, e sinto como se não precisasse cair para tocá-lo, como uma onda elétrica que, uma vez tocada por alguém, tocando eu em alguém, teria choque. É certo que alguma energia se perca no processo, e os ossos dos que tomam choque todo dia ficam gastos muito mais rapidamente do que aqueles que se expõe no laboratório de ciências que fica na ultima sala do prédio com vidros sujos... a sala dos ossos doutos e magníficos.
Agradeço por poder aprender com pequenos todas as manhãs.
Sugiro, caso você seja grande ou grande-mestre, começar a viver lendo Le Petit Prince todas as manhãs, até sentir calma, até sentir seu coração.
"A linguagem é uma fonte de mal-entendidos."
Download do Livro em PDF
segunda-feira, 1 de julho de 2013
A rede doméstica da internet (world wide web) e a pobreza de Sião
A Rede é como a Vida,
Ela nos hidrata...
terça-feira, 11 de junho de 2013
Coisas da vida II
Passado tudo a ferro quente,
A defesa do rabo dos costumes dos bons idiotas
chegou em mim
a censura, censurou o pastor, é supositório legal!
Enfiem-na, ou sofram (exclamou).
E vi cair um castelo de cartas
do qual não sou valete
mui menos rei ou coringa
do qual não sou vedete
mui menos corvo em catinga!
(Ato de censura imposto unilateralmente por "eles - aleluia" ao Paulo Leminski, aos 11/06/2013)
A defesa do rabo dos costumes dos bons idiotas
chegou em mim
a censura, censurou o pastor, é supositório legal!
Enfiem-na, ou sofram (exclamou).
E vi cair um castelo de cartas
do qual não sou valete
mui menos rei ou coringa
do qual não sou vedete
mui menos corvo em catinga!
(Ato de censura imposto unilateralmente por "eles - aleluia" ao Paulo Leminski, aos 11/06/2013)
sábado, 8 de junho de 2013
Coisas da vida
Certo dia, um dia vívido, um dia ganho...
As aluninhas chegam, após um bom papo de criança uma decide:
Aluna - Eu queria que você fosse meu pai!
Eu [em pensamento] - e eu amo meus pequeninos (alunos)!
Festa Junina 08/06/2013
As aluninhas chegam, após um bom papo de criança uma decide:
Aluna - Eu queria que você fosse meu pai!
Eu [em pensamento] - e eu amo meus pequeninos (alunos)!
Festa Junina 08/06/2013
sábado, 25 de maio de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
Deturpação
E me convence, e me obriga a sempre , a sempre ter com, a sempre entender, e só tentar ver ou ser -
A-a fonte.
Hoje aprendi. Agradeço!
Na minha vida de coisa, acabei por ter muitos amigos que ocuparam-se do indigesto, um pseudo-cult do tipo idiotice-pra-ter-o-que-falar em qualquer lugar com meninas de sais rendadas e moleques fedidos com violão. Isso me desagrada, isso involui um ser que era pra dar bom, mas tipo bichinho que padece de causa natural, : não dá!
E um roi conrroi consumia-me fadando...pesando...k-k-oque-que-oisando em mim. E eu, logo de cara quando vi aquela coisa mais chata do universo que era a tal da esposa do falecido logo achei a cousa mais chata do universo. Nem sei quando foi, e eu tava moleque. Logo quando tive novamente com qualquer coisa Leminski eu tava na faculdade e nem sabia do que se tratava, mas era algo com que nem devia me incomodar, pois era feia e estava prenha.
Eis que o tempo me trouxe um alguém um Leminski, e eis que acabei por concidadãnice vendo o'trás vezes tal familiares.
Insuportadamente fui a ter com leituras de tal, fui a ter com musicas de tal, e com grandes que engrandeciam tal.
A tempo tive com artistas, e li Leminski = Valmir, e li Leminski = Milton.
Já já já, estão desculpados por eu ser péssimo leitor!
Mas acabei por fazer o que digo que é o pior da arte: sucumbi a crítica.
E por ver que meus amados tinham uma critica mui serena, com máximas oriundas destes que antes descrevi (cult's) deturpei. Isso também porque já conhecia até os periquitos do tal que tinha sido tal e tal e coisa e o jardim etc e ponto.
Mas quero dizer que estava errado. Hoje fui a fonte sem atravessador, e hoje vi você!
E hoje entendi muito mais sobre nada, mas fiquei feliz sem motivo, só que percebi que Paulo Leminski é exatamente tudo o que meus amigos não sustentaram com palavras, e mais... ... ...: : : tudo o que eu discriminei na linguagem - sua incapacidade de ser arte, ao mesmo tempo que é o que eu uso para discriminar a arte sem usar a arte.
Foi um equivoco pensar que leminski virou Estrela, Alice, Milton, Valmir, Waltel...
14/05/2013 - E L Eminskkk
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Natureza
A Natureza arbitra por si seus processos. Da vida e da morte, juíza indomável e incorruptível, faz-nos pequenos, insignificantes...esperançosos de que nossa vontade com ela coincida o máximo de vezes possível sobre um destino cravado ao tempo, que lê-se "real".
O que dizer de quem contigo partilhou a terra por 27 anos? Hoje ela iluminou o céu dos papagaios com meu irmão de terra, ganhado de índio saído do ovo, o Sr. José Carioca (17/07/1986 - 17/04/2013) que estará esvoaçante e vistoso, calminho e não falador já no útero da estimável Nave Mãe.
Entristecemo-nos e não só por egoísmo puro, mas por nossa insignificância, cuja vontade prima é capaz de mover montanhas, mas não de mover vidas. Entristecemo-nos por sincero quando percebemos que tudo nos faz falta. Entristecemo-nos friamente quando amargamos a lembrança doce de momentos rudes e carinhosos daqueles que conosco tempo de vida partilharam e agora enriquecem o solo com seu mais rico e rubro sangue.
Papagaio, obrigado por tudo! Lamento tudo que se pode lamentar! E choro.
Meu bichinho querido,
Até breve...
Ao irmão Zé que padeceu nas garras do impiedoso gambá praiano após fazer-me companhia por longos 26 anos...
18/04/2013
sábado, 30 de março de 2013
A Cura dos não Enfermos Segundo Mateus
Foi no primeiro dia de aula daquela escola (14 de Fevereiro de 2013) que havendo falta de um douto qualquer prontifiquei-me a receber os pequenos em suas novas salas de aula. Era uma tarde quente e numa 5a série qualquer, antes do recreio, verifiquei que uma pequena, sentada próxima a porta da sala, manuseava aqui e acolá um livro enorme (dado seu tamanho miúdo).
Cheguei junto:
- Olha que livro bonito, deixa o professor ver qual é?
(a mocinha mostra o pesado livro desajeitadamente com suas pequeninas mãos)
- Que bom que você está lendo! Tem muitos livros lá na sua casa?
- Ih, tem sim, minha mãe tem todos desse aqui, ele é o cara!
Balancei a cabeça em positivo e retornei aos meus afazeres enquanto ela sacudia o livrão pra coleguinha que sentava na carteira atras.
Então hoje, após digerir um pouco esta informação, foi lendo Mateus que tal episódio volveu a mente.
Qual exatamente é a diferença entre esta moça, mãe da mocinha, triturando as informações, buscando o sentido de sua vida e as respostas aos seus problemas e os de sua casa simples, e um cristão católico fazendo o mesmo com o livro da sua igreja? Ou qual a diferença entre eles e um Adventista lendo os ensinamentos de G. White? ou de um Mórmon debulhando os escritos de J. Smith? ou dum outro buscando responder-se nas psicografias de Xavier? Ou ainda daquele que no Mahabarata busca cânticos, ou do que liberta-se no Bagavah Gita? Hora, seria puritanismo acreditar que há qualquer semelhança nestes e naqueles iniciados que deitam-se e, no lumiar dos abajures questionam a vida diante dos escritos egípcios ou das encíclicas papais, ou seria mais ou menos o monge cartuxo que, finda a vigília debruça-se em sua cela para rever algum estatuto da sua ordem? Ou o botânico que, por necessitar aprofundar sua tese volve a ter com Darwin e com Mendel? Ou seria eu, tu e qualquer outro que nos sentamos todas as manhãs e, com cuidado a ponto de sagração puxamos da estante algum Aristóteles, Sêneca ou Russeau pensando que, uma vez tido carinhosamente passado vistas por todas suas folhas, seremos mais esclarecidos ou felizes? Ou que o mistério da vida se esclarecerá?
Até porque quem foi mesmo que falou que a verdade está nos livros?
Até porque quem disse que livros tem alguma serventia?
Blasfêmia!
Livros são inúteis. Leitores loucos os significam.
Mas sobre isso, um mestre qualquer ou um outro anda dizendo... e até recorte de outro achei! vou transcrever:
"8 Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á."
"9 Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão?"
Então, não se pode curar o não enfermo.
Agradeço aquela mocinha e ao compilador da história do Evangelho de Mateus por terem me dado esta lição.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Admirável Gado Novo...
Admiráveis visitantes do blog,
Como não haveria de tardar, o blogger pregou-me uma peça e, uma vez que fui obrigado pelo "todo poderoso" a deletar meu perfil antigo nele para fazer um novo com o lixo do gmail, a maioria das imagens do blog foi jogada no abismo... muitas vezes trabalhos de tardes ou dias inteiros de pesquisa etc, etc. Claro que eu tinha os backups; mas claro que ele não aceitou as "velharias" em XML.
Como qualquer mortal, uma vez sujeitado a injuria, padeci em lamentos.
Sou grato aos que visitam este blog e especialmente aos que durante estes 4 anos acompanharam nossa jornada cultural. Ela continua - destaco! porém, minha paciência para colocar qualquer coisa no blogsp*** já faz-se enseada....
Não a modo de despedir, mas sim para agradecer, posto um vídeo feito pelo amigo Tato, pela Ana e por minha pessoa, numa tarde qualquer de um dia qualquer com um tipo qualquer de vinho qualquer... Apreciem e, para quem tanto perguntava como eu era, desfrutem...(eis-me ao acordeom) hehehehehehe
Thank you Sir!
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
O amigo e o monge
O amigo e o monge são duas pessoas distintas.
Distintas em cavalheirismo, em educação.
Distintas em saber viver.
O amigo, outrora monge, já foi amigo, outrora monge,
e assim continuou por experimentar demais a vida que lhe consumia as horas e a delinquência da amabilidade que em cujas formas lho deformaria se nela insistisse ademais das coisas...
O monge, outrora amigo, outrora monge, assumiu para si a mosteiridade de temer ao cosmos.
O monge tem suas picuínhas com quais não escreve vidas mas tramoias de seu eu.
Ele des-simplifica o óbvio e macula o evidente.
Os primazes degraus do céu são o presente do eterno amar. Assim, parafraseando Fedro:"devermos antenar para o significado, não para as palavras."
Dizia o adivinho:
"...E vi uma grande tristeza baixar sobre os homens. Os melhores se cansaram de usas obras.
Espalhou-se uma doutrina e com ela circulou uma crença. Tudo é igual, tudo é vão, tudo passou." (F.N.)
Logo tampava-se o sol e vinha comilusco o amigo, com sua fome de saciar-se. Porém, saciava-se todas as noites, mas com saberes de terra, com sapiências de outrora...
...
- Tartaruga, tartaruga, de onde mesmo vem o sol?
- Vem daqui, de embaixo de folhas, de fazeres de mato, de raiares de minguas e de parcos vistos trovejares.
- Tartaruga, tartaruga, de onde vem o Sol?
- Sei pouco sobre o Sol, mas sobre folhas: eis meu aprendizado!
- Far-me-ei tartaruga para então ver o Sol?
...
Seria o amigo a abelha ou o rato? Eis que nest'arte questiono-me ao incansável momentaneamente.
Causador de causos, fazedor! Eis o que cansado, ainda assim amigava.
Porque de ratos e abelhas já se disse tudo, exceto como ruminam. Aqui posso vislumbrar um pouco de mim.
O monge, a pedra, o céu. Na lua nova eis de compor o infinito diante de teus próprios olhos, tal qual índio que comporta sua voz limando-a na relva dos entardeceres. O amigo cirandeará diante de tal magnitude, e se ouvirá, para firmes que lá em cima vão, seus passos nobres sobre o chão da terra.
"Vai como o tempo que a alma assente sem dizer nada, onde o rumo e a estrada nem sempre são o mesmo caminho."
Abraço irmão,
Ao amigo Milton, aos 29.01.2013 (Futuro "Livro das divagações, p.123")
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
"Paratodos" foi lançada em 1993 pelo seu autor, Chico (carinhosamente chamado por nós de "o velho") Buarque "brasileiro" de Holanda etc. e tal. Como muitas coisas que se vê, outras tantas se ouve e assemelha no instante exato do seu feitio. Lembro-me de ter ouvido esta pela prima vez quando seu idealizador foi ao Fantástico (programa global) e por sabe-se-lá-Deus-o-que ali a lançou de certo modo.
Certo dia então tive sorte de concatenar-me com uma rádio que presenteou-me tal pérola, mas não na versão puritana do feitor: na mão obreira do vistoso seu Domingos, Domingão, Dominguinhos para a plebe, crú nas rudezas de sanfona, gaiteiro por apelido e nobre de alma e espírito santo. Não mais pude deixar de acrescentar-la ao meu mais íntimo repertório de "coisas" que me gustam.
Compartilho, pois se não fosse para compartilhar não teriam gravado. Deleito-me e agradeço aos mil timbres chumbados em contracanto no desporto de reler o "algo".
Esta versão tem uma mensagem besta no início, mas haveremos nós de respeitar quem o postou no youtube, indiferentes a inocência alheia.
E você que preste bem atenção ao pífano, ou nem ouça!
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