sábado, 31 de julho de 2010

Saint Seiya


Uma forma de arte realmente interessante é a japonesa. Desta maravilhosa corrente artística há que se destacar os mangás e igualmente os animes. Quem gosta de desenhos animados sabe reconhecer a prima vista a diferença dos animes para os demais estilos e se parar para pensar um pouco poderá perceber que esta nã é uma forma de arte "facilmente concebível". De fato agora venho pela primeira vez estudar este maravilhoso universo que muito tem a somar na arte moderna.

Escolhi o "Saint Seiya" (Os Cavaleiros do Zodiaco) não por acaso, mas sim porque este anime marcou minha geração sendo exibido em rede aberta entre 1994 e 1998 e tornou-se uma grande febre aqui no Brasil uma década depois de ter o mesmo efeito no Japão. Entre as demais possibilidades que eu tive, escolhi essa por acreditar em seu conteúdo e qualidade acima de tudo, fato que aos poucos pretendo conprovar.

Assistir a um anime não é o mesmo que assistir a um filme, a um desenho animado comum ou a um seriado. O anime junta um pouco destes todos e vale nunca esquecer seu grande propósito: entreter o espectador durante um período longo de tempo. Esta característica em especial o torna diferente da grande maioria dos demais desenhos animados, que tem como propósito o "episódio-em-sí", sendo desconexo se visto enquanto um todo. Outra característica marcante é que assim como nos filmes, o anime (eis no que vejo peculiaridade) tem uma carga de expressões muito mais ligada a história de que trata do que no personagem em si. Isso dribla e ameniza aquela enfadonha carga de "interpretação sentimental apelativa" (tipo pai - filho, morte do ente querido etc, em cenas que focam sensibilizar apelando ao sentimento do espectador), mas não a evita, pelo contrário, ela aparece neste genero artístico ligada a questões sociais tradicionais do japão, como a honrra, o "fazer-o-bem", o respeito, a dignidade, a justiça etc.

Não vou detalhar a história do anime aqui. Para saber sobre basta acessar ESTE LINK (wikipédia). Deter-me-ei em minha visão interpretativa (estou pondo em desuso a palavra "crítica").

Episódios 1 ao 15

A primeira impressão que tive foi a mesma que bem me recordo ter tido enquanto criança: o jovem e pequeno Seiya vence o imenso adversário. No primeiro episódio temos um pouco da personalidade deste personagem: forte, viril, arrogante, determinado, e sobretudo alguém que supera suas dificuldades. Nada muito distinto de qualquer heroi holliwoodiano. Enquanto forma artística, fico impressionado com o fato do anime ter várias cenas-paradas onde o som ou o diálogo falam sobre um simples efeito zoom ou semelhante - herança direta do mangá (os mais radicais dirão que os dois jamais se dissociarão(am)). A trilha sonora é aquela típica com a qual convivi toda a infância nos jogos de RPG do velho Phantom System. Mas enquanto expressão cabe destacar a extrema... cabulosa... e nefasta violência. No primeiro tomo, o heroi já arranca uma orelha do adversário, no segundo, um outro mata um urso degolando-o. Sangue, luta e mais luta.

Neste assunto "conteúdo" sou crítico e não sou! (pois que esta palavra não tem muito uso mesmo) 1. Acho que esse grau de violência jamais, em hipótese alguma é cabivel a um público infantil; 2. Acho que ninguém tem "sangue de barata", e quanto antes o jóvem estiver pronto para a realidade - melhor! ou seja, sou e não sou favorável: minha opinião não existe.

Cabe destacar que surgem dois personagens complexos: Saori e seu imediato. Sua abstração esta em ser algo que não parece, e por traz da menina boazinha está uma terrivel história de maus tratos as crianças (cavaleiros). O apíce desta maldade gera estranha confusão mental quando da chegada de Seiya na mansão, em que ela exige que ele lute para talvés cumprir uma promessa do seu avô e ajudar-lo a encontrar sua irmã. O sentimento toma mais complexidade quando da primeira luta de Andrômeda, em que ele questiona o cabimento da batalha, da luta em sí, da violência. Dificil digerir... mas para crianças não tem problema, a primeira impressão fica.

O excesso de violência tem uma utilidade interessante se pensarmos no fator "continuidade". Os próximos episódios conseguem apresentar as personalidades de diversos personagens e inclusive detalhar parte de suas histórias em pouquissimo tempo. A lassidão deste enrredo se compensa em poucos instantes de violencia brutal (anima e entrete).

A luta entre Shiryu e Seiya destaca uma expressão que será trabalhada dali adiante: a amizade. Na sequência deste acontecimento a amizade é prezada cada vez mais até o ponto que culmina na derrota de Phoenix e sua redenção.

Link para baixar todo o anime via torrent (17gb).
Contnua...

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