I
O violão já andava como uma mariposa
Que acendia e apagava ao vagalumear
Galopava desacordes
E ia-se embora.
II
Era como se um estandarte fosse todo montado na beira dum éco
O som... coisa mais linda, ficava passeando, repetindo, irritando
E gente gralhava enquanto o mato descia buscar trouxas
III
O Padre falava: "É berimbaL, é berimbal!
Papoulas ficavam desenhando o sol da mesa
E vinha pitando feito lobo corcunda
Um mosto e a equilibrista.
IV
Um rolinho de lamparinas tipo "limpa-barro" já tava no fim...
E cuiava e velhava, achava tudo fabuloso.
No cachimbo erva lavada tipo paiol na latrina suja
Mapoulas e santiagos, na beira dos carretéis.
V
E lá vinha Varmir visto moço, vulto moreno e garboso safadear com felisberta.
Pobre do ouriço que ficou sem seus CD's
Matambre de chusma, chimarrita desce-serra
Verdeava e mofava de tanto desarder
VI
Estomagou caniços repletos de sonhos ainda girinos;
Delatou ao leão duas porcas fugidas;
Sonorou o cabelo do padre na flecha do berimbau;
E se foi varmizar mato a dentro no centro da urbe.
VII
Sacrilégio, sacrilégio! Cantarolava o arquivador.
Chusma cutuca que da gente sai buraco.
E até lesma se 'divinou
De nego branco, Varmir e seus pescados.
21/02/2011 - "Para o velho, o novo e as aratacas" - dedico este ao amigo Valmir.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
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