Filme documentário dirigido por Terry Zwigoff que retrata a vida de Robert Crumb, cartunista futurista e transgressor que ficou consagrado por trabalhos polêmicos e "pesados" que participam da qualidade moderna de mundo.
Este documentário mostra um lado comum ao artista, o fato de que a produção é complexa e que cada artista para fazer algo realmente "seu" necessita penetrar um mundo que ao olhar dos demais parece maluco, esquisito ou incompreensível com um modelo de vida normal. Para o artista um simples passear no parque pode resultar em uma história, em uma sinfonia, em uma exposição de gravuras... Lembro-me de ver entrevista com o Excelentíssimo lula da Silva em que ele se queixava que "o presidente não tem férias". Se o presidente trabalha oito anos com afinco, o artista trabalha a vida toda após descobrir seu talento, sem férias ou pausas.
O filme trata também da familia problemática do desenhista, de sua relação com o mundo e expressão na arte. Notório quando uma moça lhe informa que sentiu-se desesperada na infância ao ver um trabalho seu e ele responde dizendo sentir muito, mas que não entende nem porque fez aquilo nem porque a sociedade permitiu que caisse nas mãos de uma criança. Ele parece muito sincero ao afirmar muitas vezes ainda que não sabe o que faz, ou porque faz, ou para que: simplesmente faz porque ele é assim.Não adequado para menores de idade ou para pessoas "certinhas" ou com cérebro de abacate,
Baixe o documentário e entenda o mundo mágico de Robert Crumb. (pelo blog cinemacultura)
