sábado, 31 de julho de 2010

Poesia Branca para o Branco Poesia

Ah, eu estou tão cansado!
Cansado das rimas que não calam mais
Cansado do pobre que não vive em paz
Cansado do tabaco que não cessa em apagar
Da cana do copo de pinga que não cessa em findar

Ah, eu estou tão cansado,
Do som do arvoredo, crepitante na mente...
Das palavras turvas que não vem de gente
Do ócio abismático que a féria insiste em dar
Da falta do dispor disposição no lar

Ah, eu estou tão cansado,
E canso até da morena que insiste em labutar
Das notas: tantas claves que só vem a perturbar
De ter meu corpo elíseo, meu couro a dar com dente
Das borboletas flácidas que estão todo poente

Ah, eu estou tão cansaddo!
Escrever é um descansar do coração.
Maldita premissa que me deu teclas na mão
Somente me des-serve de cantarolar pinchando
dedos rugos, velhos, turvos, de um canavial castrando

Ah, eu estou tão cansado,
De cansar!
De ajudar,
De Rezar,
De ter lucidez,
De ser um cretino de bom coração.

2 comentários:

M.Autóctone. disse...

OBRIGADO MEU CARO!!!

"Ah, eu estou tão cansado,
De cansar!
De ajudar,
De Rezar,
De ter lucidez,
DE SER UM CRETINO DE BOM CORAÇÃO."

Fraterno abraço a ti.

Anônimo disse...

Grato por tudo irmão!

Paz e Luz!

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