segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sokout (1998)


"Não fales mais sobre o que aconteceu ontem. Não te preocupes com o que acontecerá amanhã. Não confie no futuro nem no passado. Viva o presente, não desperdice tempo." 


Mohsen Makhmalbaf nos presenteia com um lindíssimo filme repleto de simbolismo, poesia e filosofia. Sokout (O Silêncio) mostra algum momento da vida do pequeno Khorshid, um menino que afina instrumentos musicais e oscila entre a fascinação das sutilezas da vida e da arte e a própria vida retumbante que existe. Podemos ver com clareza em muitos momentos do filme que as palavras ou qualquer menção a diálogo são substituídas e confundidas com a sensação (linguagem não comunicativa, mas de sentimento), o que traz um aspecto de tremenda beleza e que nos maravilha com sua pureza e leveza.

Não posso deixar de citar o paralelo usado pelo cineasta com o 1o Movimento da 5a Sinfonia de Beethoven, sobre o qual podemos divagar indefinidamente nas interpretações. Para mim pareceu um paralelo da história toda com o próprio significado que o próprio Beethoven deu a obra...mas isso já é outra estória....


Cinema iraniano é qualidade garantida!

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