Onde estás ó meu Brasil?
Onde estás ó meu país?
Qual filho da revolta tu perdeste em vão?
Quem tragava armas, não mostra mais calos na mão?
Vandré velho vulto moreno,
Pequeno do des-saber
Encontra-te neste sereno
Quem teima em te entardecer
Somos jovens, desarmados,
Chumbo humano: desalmados!
Somos jovens, desalmados,
Pelo engano atarefados.
Neste tempo as altas horas
Surgem toda madrugada
Mas o brio do vil poeta
Deita ao chão, não faz quaradas.
O Cantante, anunciante,
Sem motivos pra cantar
Viu seu povo a qualquer hora
Triste fraco a mendigar.
Poesia: fuga das rimas,
Palhaço que tanto faz
Pra que te preocupam horas
Se tudo não se desfaz?
Cantante, vista-se logo
Não veja o sol renascer
Que vastas linhas da aurora
Te queimam ao te esconder
Povo fraco, de futilidades
Nada mais adianta morrer
Chorar e amar contigo
É o máximo que podes ter.
Por ti derramam as lágrimas
És vil o meu bem querer
Mas nada adiantam outroras
Só choram seu padecer
Chorar é o que te resta
Chorar é o que te conforta
Chorar em dias de festa
Chorar pela terra morta.
Dedico este a Geraldo Vandré
"O Processo de massificação destruiu a urbe brasileira." (Geraldo - 2010)
domingo, 16 de janeiro de 2011
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2 comentários:
Belo blog cara.
Achei sem querer procurando um link e
comecei acompanhar faz um tempo.
Abs!
Agradeço demais sua visita amigo! Fique a vontade!
Abraço!
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