quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009


Sem dúvida uma leitura prazerosa! concluídos os 5 primeiros, vamos aos 5 últimos. Deixo um antigo enigma infantil grego, para refletir, decifrar e dar risada...
"Um homem que não é homem, vendo e não vendo um pássaro que não é pássaro, pousado sobre árvore que não é árvore, lhe atira e não lhe atira uma pedra que não é pedra."

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Mônica Salmaso - Trampolim


Voz e musicas encantadoras dessa paulista que vem sendo exemplo e referência para os artistas de bom gosto. Album de 1998.

Página Oficial da cantora: www.monicasalmaso.mus.br/

Download do Album

Dois Filmes: "Napoleão" e "Tabu"


Eu estava prestes a locar a trilogia dos filmes franceses: "A Liberdade...a Igualdade...a fraternidade..." quando me surgiu um filme novo do Bergman na locadora, que ainda não assisti (embora tenha gravado). Então, visto os descontos da locadora (leva três paga 9 pilas) preferi deixar os três franceses para depois. Adoro história, desde que não seja da idade média, adoro história, e vendo esse filme (visto que eu deveria locar outros dois pra pagar R$9) peguei. Sem muito pensar, animado pela capa, tive uma grande alegria quando fui assitir e vi o diretor: Yves Simoneau, o mesmo do "Julgamento de Nurenberg", que constatei ser bom justamente por este. Vendo Napoeão, percebi que o diretor é bom mesmo, pois romantiza muito puco a história visto que tenta dar uma visão mais individual da mesma. No Julgamento de Nuremberg ele faz com que Goering pareça um homem frio e extremamente competente, e em Napoleão, ele faz o expectador se emocionar com sua morte. Yves de certo modo não mente sobre fatos, somente oculta alguns e escreve os que não foram relatados. Pra ser mais direto, ele omite passagens históricas para dar mais "presença" ao personagem, e faz parecer que o personagem não se vê no contexo, mas sim ao contexo. Espero em breve ver mais trabalhos bons deste diretor, que até agora me surpreendeu. Somente acho que neste filme houve exagero quando do retorno de Napoleão do Egito... pois ele omite que na verdade os ingleses praticamente deportaram ele para França, sob escolta...mas enfim... ele também fala sultilmente das "descobertas científicas" que ocorreram (como a Pedra-de-Roseta)... o que é perfeito?

Sinópse do Filme
"Tabu" é o típico filme que se eu viesse a ler a sinópse, não locaria. Mas sua capa é chamativa...logo pensamos nos guerreiros japoneses, e que seria tabu então? Bem, o filme faz jus perfeito ao nome. trata do momento dos ultimos resquicios da tradição ancestral japonesa das guerrilhas samurais, e aborda diversos assuntos. O mais chocante é o personagem principal: um samurai com feições extremamente femeninas. Todo mundo sabe que a homosexualidade não éra um "tabu" para os samurais, bem como para os gregos antigos; por outro lado: era um costume não censurável e corriqueiro. O modo como o roteiro é demonstrado neste filme e os personagens, fazem dele algo que até vale a pena ver, pois o diretor conseguiu extrair uma situação muito mais abstrata, que só se confirma no final, nas ultimas cenas do filme...que remete ao ato sentimental. Penso eu ser assim como Sócrates via o modelo de identidade humana, diferindo entre três aspéctos. Este terceiro, quando revelado, dá forma a todo o filme, que chega a ser simplório ao parecer que trata somente do "tabu" que é para o mundo de hoje (penso eu, mundo japones) compreender que seus heróis samurais tratavam o sexo sem preconceitos. Nem muito bom, nem muito ruim.. um filme que vale mais assistir que ficar sem fazer nada.

Sinópse do Filme

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Até Breve Curitiba... Olá São João!


Nada me agrada tanto quanto ver o por do sol pela minha janela. Milhares de tonalidades se fundindo em poucos minutos no infinito céu do horizonte... momento para contemplar. A contemplação combina com o retiro do sol, pois encaminha as idéias assim como as luzes. Neste momento as mesmas coisas tomam diversas formas e cores, assim como na mente humana são os pensamentos. Tirei estas fotos no dia 11 de fevereiro, ultimo dia meu em Curitiba. Lembra-me um filme que vi outrora chamado "Vanilla Sky" ("Céu de Baunilha").

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Waltel Branco - Kabiesi


Mais uma jóia do mestre Waltel. A arte deste album é de responsabilidade de Edvaldo Pacote, Diretor da Rede Globo, artista plástico e muito amigo de Waltel, a quem ele dedicou duas músicas: "Fuga nº1" e "Choro empacotado". Foi o primeiro CD no Brasil a ter a capa em serigrafia. O disco foi feito por Waltel com a participação dos musicos da Universidade Livre de Música, na época (1994). A voz femenina que se ouve é da professora e cantora Magali (esqueci o sobrenome).
O disco inicia com a música Kabiesi, que é uma mescla de ritmos mais "africanizados", falando de Xangô. Contém ainda excelentes peças como "Maha Mantra", em que o maestro (conforme me explicou) mistura uma sequencia melódica cristã com o Hare Krishna oriental...o resultado é fantástico e eu adoro o som do "R", pronunciado como nas linguas orientais. Tem tambem músicas como "Paranaguá", que ele explica ser a imagem que tinha da cidade antes de conhece-la, conforme Villa-Lobos (que morou em Paranaguá) lhe contava, e imaginando como seria, ele compôs este tema sobre sua cidade natal. Essa música ainda tem a curiosidade de ser baseada simplesmente num "bordão" em ré, onde tudo se harmoniza sobre este "pedal" fixo, e quando o maestro mostra como se faz isso é fantástico, pois ele vai tocando no violão sempre batendo o "bordão", e brincando com as harmonias agudas... segue a isto uma linda melodia em "moda de viola", que por o ser, nem sempre tocam do mesmo jeito e até a partitura que o próprio maestro fez soa diferente da gravação (que ele mesmo toca!). Outra pérola é "Estrela", feita para sua sobrinha, filha do Paulo Leminski. Enfim posso dizer que todas, sem excessão, são boas musicas e vale muito a pena ouvi-las, presenteando novamente o ouvido com este "néctar" explendoroso oriundo da mágica mente do maestro.

Olha o link... download

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ao Mestre, Com Carinho




Música, Maestro!

E falar em maestro pra mim é falar em Waltel Branco. Além de ser a pessoa mais tranquila do universo todo, ele é "O Cara"! Sei que ainda vou postar muiiita coisa aqui sobre esse figura incrível, meu mestre e meu amigo, com quem tanto aprendo e quem tanto estimo. Quem sabe pessoas começem a acessar esse novo blog e de todas as coisas, uma das mais importantes é falar do Waltel.

3 Filmes: Exils, O Grande Lebowski, A Pequena Jerusalém



Dirigido por Tony Gatlif, é um filme bonito e bem artístico, mas mesmo assim não posso dizer que gostei. Acho que as músicas foram o fato principal. Carregadas e extremas, confundem um pouco a mente e tomam a cena deixando a imagem em segundo plano diversas veses. Deve ter sido intenção do diretor visto que o rapaz é um músico que em momento algum toca alguma coisa durante o filme, mas quando lhe perguntam qual sua religião ele diz: "A música". Valeu a pena pelas imagens da Argélia e o Flamenco na Espanha.





Esse foi um daqueles filmes que toda vez que eu ia na locadora, me chamava a atenção pela capa, mas não o tinha locado ainda pois a sinopse não me agradava. Dirigido por Karin Albou, trata da história de uma jóvem em conflito entre seus estudos (filosofia), sua religião (judia), e seus sentimentos amorosos. É uma trama interessante, mas péca (como muitos filmes franceses) no cenário, nas imagens, o filme todo se passa em uns poucos lugares cotidianos...nem um pouco atrativo para os olhos. O roteiro também não é dos melhores, e acho que foi exagerada a tentativa de trazer uma situação da vida real para a arte. Mesmo assim, vale a pena pela trama entre sentimentos, religião e filosofia.





Cada dia que passa fico mais fã dos Irmãos Coen. Após ver Matadores de Velhinhas, optei por assistir este. O filme é genial, engraçado (humor negro) e movimentado, cheio de cores e pequenas tramas, além de momentos surrealistas. Genial! Obra de arte! É tão bom que termina inesperadamente...mas poderia ter mais umas duas horas que seria tranquilo. É a história do Lebowski, um ("o") cara realmente interessante. Depois de assistir da pra se divertir ainda com a página da web sobre o dudeism (religião inspirada n"o cara") : www.dudeism.com/



Momento de Filosófia

Eu havia feito um show e estava com o cachê (cerca de 100 pilas) na mão. Então, fui levar o carro na oficina, e lá aguardando enquanto se faziam os necessários reparos, tomei uma revista para ler. No fim dela havia uma propaganda da editora "Escala", e o endereço da Web para acessar os volumes. Chegando em casa, acessei o site e pude adquirir cerca de 25 volumes com meu cachê: uma barganha! Sem sair de casa, fiz o boleto e paguei no site do banco. Em dois dias recebi esta maravilha do conhecimento universal e, entre os demais havia a "Republica", fonte inestimável de conhecimento que me custou o absurdo de R$4,00...

Sempre é bom reler os velhos livros (e esse é velho mesmo!) . Estou refazendo o pensamento de Platão, por partes, na forma de estudo. O que mais me surpreende nas leituras greco-romanas é sua atualidade. Praticamente tudo é atual (exceto alguns dógmas talvés). Estou no livro 3, onde Socrates esta discutindo com Glauco questões sobre justamente, a arte. Eles pretendem controlar os poetas, músicos e mesmo provar como deve ser o tratamento médico para a sociedade imaginada. Tem sido interessante, sobretudo quando ele abordou a música (embora eu discorde das proposições dele). Vou citar um trecho que me deixou feliz...
Sócrates - "Para essa finalidade, pois, a educação decisiva é a musical porque o ritmo e a harmonia penetram até o fundo da alma e a tocam da maneira mais vigorosa, infundindo-lhes elegância, e tornam belo aquele que tenha recebido uma educação correta, ao passo que ocorre o contrario com o inculto. Aquele que possui uma educação musical suficiente pode perceber com grande perspicácia o que é feio ou imperfeito nas obras de arte ou na natureza, indignando-se com razão, ao passo que sabe aprovar e receber com alegria na alma o que é belo, dela se nutrirá um homem honesto."

(Platão, A República, Livro III, tomo XII)

Luz de Inverno


Minha primeira postagem não haveria de ser outra senão a que justifica a escolha deste nome para o blog. Meu intuito é refletir de um modo mais organizado acerca da arte, acerca da vida como um todo pois acredito que tudo na vida é arte. Nós compomos a cada segundo um campo permeado por todas as artes e interagimos diretamente com elas: isso é a natureza.
O mais valioso da arte é que cada um a cria conforme sua realidade, cada um vê ao seu modo as coisas como são, devido a isso o debate vem a ser algo interessante sobre como estes fenômenos acontecem com cada um. Desde filmes, fotos, poemas, gravuras ou músicas, livros ou ensaios, tudo se mescla no meu modo de ver e realizar a arte, dai a facilidade que o blog nos dá de ter tudo agrupado num só local, sendo mais compreensivel o momento artístico de cada tempo.

Luz de Inverno é um excelente filme do diretor suéco Ingmar Bergman, de 1962, onde o diretor pensa através de figuras como um padre, situações politicas, sociais e religiosas. É filme para assistir todo mês e tomar novamente a meada filosófica proposta. Pra quem gosta de pensar, pra quem gosta de arte e especialmente como eu adora filmes em preto e branco, vale a pena assistir a esta jóia da arte cinematográfica. Como o filme aborda muitos dos assuntos que pretendo talhar com o blog, e os contextos são semelhantes, tomei seu nome de empréstimo. A imagem do blog é a visão que tenho do por do sol pela minha janela, foto minha feita hoje (07/02/2009) mesmo!

Sinopse: Num frio Domingo de Inverno, Tomas Ericsson, o pastor de uma aldeia está a celebrar a missa a uma pequena comunidade, apesar de estar a sofrer de gripe e de uma lacerante crise de fé. Depois da missa, ele tenta tranquilizar o pescador Jonas Persson que está atormentado pela ansiedade, mas Tomas apenas consegue falar da sua própria relação turbulenta e vazia com Deus. Uma professora, Marta Lundberg, oferece a Tomas o seu amor como consolação pela perda de fé. Mas Tomas resiste ao seu amor tão desesperadamente como ela se entrega mais e mais. O segundo filme de Bergman na trilogia de fé, é uma das menos vistas obras-primas do realizador quando se compara às exibições de “Persona” e “Sétimo Selo”, mas é um dos seus filmes mais pessoais, tanto pela semelhança com acontecimentos passados na sua juventude, como pela crueza da mise-en-scene e dos sentimentos - o uso de monólogos, silêncios prolongados, close-ups extremos, bem como a presença de uma paisagem fria, branca e Invernal, servem para reflectir o vazio da alma de Tomas.

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