sábado, 14 de fevereiro de 2009

Dois Filmes: "Napoleão" e "Tabu"


Eu estava prestes a locar a trilogia dos filmes franceses: "A Liberdade...a Igualdade...a fraternidade..." quando me surgiu um filme novo do Bergman na locadora, que ainda não assisti (embora tenha gravado). Então, visto os descontos da locadora (leva três paga 9 pilas) preferi deixar os três franceses para depois. Adoro história, desde que não seja da idade média, adoro história, e vendo esse filme (visto que eu deveria locar outros dois pra pagar R$9) peguei. Sem muito pensar, animado pela capa, tive uma grande alegria quando fui assitir e vi o diretor: Yves Simoneau, o mesmo do "Julgamento de Nurenberg", que constatei ser bom justamente por este. Vendo Napoeão, percebi que o diretor é bom mesmo, pois romantiza muito puco a história visto que tenta dar uma visão mais individual da mesma. No Julgamento de Nuremberg ele faz com que Goering pareça um homem frio e extremamente competente, e em Napoleão, ele faz o expectador se emocionar com sua morte. Yves de certo modo não mente sobre fatos, somente oculta alguns e escreve os que não foram relatados. Pra ser mais direto, ele omite passagens históricas para dar mais "presença" ao personagem, e faz parecer que o personagem não se vê no contexo, mas sim ao contexo. Espero em breve ver mais trabalhos bons deste diretor, que até agora me surpreendeu. Somente acho que neste filme houve exagero quando do retorno de Napoleão do Egito... pois ele omite que na verdade os ingleses praticamente deportaram ele para França, sob escolta...mas enfim... ele também fala sultilmente das "descobertas científicas" que ocorreram (como a Pedra-de-Roseta)... o que é perfeito?

Sinópse do Filme
"Tabu" é o típico filme que se eu viesse a ler a sinópse, não locaria. Mas sua capa é chamativa...logo pensamos nos guerreiros japoneses, e que seria tabu então? Bem, o filme faz jus perfeito ao nome. trata do momento dos ultimos resquicios da tradição ancestral japonesa das guerrilhas samurais, e aborda diversos assuntos. O mais chocante é o personagem principal: um samurai com feições extremamente femeninas. Todo mundo sabe que a homosexualidade não éra um "tabu" para os samurais, bem como para os gregos antigos; por outro lado: era um costume não censurável e corriqueiro. O modo como o roteiro é demonstrado neste filme e os personagens, fazem dele algo que até vale a pena ver, pois o diretor conseguiu extrair uma situação muito mais abstrata, que só se confirma no final, nas ultimas cenas do filme...que remete ao ato sentimental. Penso eu ser assim como Sócrates via o modelo de identidade humana, diferindo entre três aspéctos. Este terceiro, quando revelado, dá forma a todo o filme, que chega a ser simplório ao parecer que trata somente do "tabu" que é para o mundo de hoje (penso eu, mundo japones) compreender que seus heróis samurais tratavam o sexo sem preconceitos. Nem muito bom, nem muito ruim.. um filme que vale mais assistir que ficar sem fazer nada.

Sinópse do Filme

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